Resumo

O modelo padrão do projeto de Recovery College, denominado no Brasil como Escola de Superação e Cidadania, faz referência a um programa educacional que foca, por meio da abordagem da educação de adultos, no apoio às pessoas com transtornos mentais em seu processo de recovery (superação) e na aquisição das competências necessárias para assumir uma cidadania plena. Esses programas são baseados na teoria e prática em um modelo no qual os participantes são encarados como estudantes e não como pacientes ou usuários. Oferecem uma variedade de opções de cursos e workshops (oficinas) que se adaptam às necessidades específicas dos estudantes, capacitando-os com novas habilidades que podem promover vários aspectos da superação, incluindo cursos voltados ao manejo de doenças, saúde e bem-estar a cursos de habilidades para a vida assim como artes, emprego e informação.

A Escola de Superação e Cidadania visa promover o envolvimento com outras pessoas em superação ou peers (pares) em todos os aspectos do programa, que podem ser alocadas como professores, a sós ou em conjunto com outros profissionais de saúde mental. A Escola de Superação e Cidadania não se propõe a substituir a educação formal, mas dar subsídio e apoio para que os seus estudantes possam ser reintegrados ao sistema sócio-acadêmico-profissional da sociedade. Vale enfatizar que superação é uma metodologia que visa de superar transtornos mentais graves através do foco no protagonismo, empoderamento, pertencimento, resiliência, suporte de pares e cidadania, através do lema: “nada sobre nós, sem nós”.

Vale mencionar que esse modelo é pautado e balizado pelo modelo da Reforma Psiquiátrica no Brasil, que trabalha com recovery (ou superação, sem utilizar este termo) há 45 anos. A Escola de Superação e Cidadania, contudo, é inédita no Brasil com esta nomenclatura, com a lógica da esperança realista e do suporte de pares, já é feita em nosso país há décadas, especialmente pelos nossos pares da Reforma Psiquiátrica que vieram antes de nós, aprendendo e sendo formados por Basaglia, Paulo Freire, Nise da Silveira, Mario Testa, Saraceno, Rotelli etc. Dessa forma, vale contextualizar que nosso paradigma não abarca apenas o modelo anglo-saxão, mas tem uma enorme influência do modelo italiano.

Sobre nós

O Imagus Recovery espelha a sua atuação, e tem como inspiração, o modelo de acompanhamento psicossocial da ABRE (Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Esquizofrenia), ONG que reúne pessoas possuem crenças e valores em comuns na causa da superação desse transtorno mental.

Missão do

Imagus

Orientar e gerir o processo de superação (recovery) de pessoas com transtornos mentais graves, promovendo reinserção sócio-acadêmico-profissional para esse indivíduo e dando suporte familiar, apoiado pela rede biopsicossocial.

“O ser humano é muito maior do que a doença e é na compreensão de suas forças e potenciais que podemos alcançar a melhoria de sua qualidade de vida”.

Diário de um paciente

Apesar dos surtos e dos medicamentos, os portadores de esquizofrenia conseguem ter uma vida normal

Mesmo com todo apoio e conquistas da medicina na área psiquiátrica, a vida de um paciente de esquizofrenia não é fácil. Vou tentar relatar o meu dia a dia e minha experiência como portador de transtorno esquizoafetivo, um tipo de esquizofrenia com viés de bipolaridade…

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